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São João de 2011 |
A
Empresa de Turismo da Bahia (Bahiatursa) divulgou a relação dos 77 municípios
que vão dividir os R$ 3,86 milhões para a realização de festas juninas pelo
Projeto São João 2013.
Entre
as contempladas estão 55 cidades na lista de "situação de emergência"
provocada pela seca da Coordenação de Defesa Civil do Estado (Cordec). Os
municípios em dificuldades vão receber um total de R$ 2,5 milhões do Estado
para realizar a festa.
O
secretário do Turismo e presidente da Bahiatursa, Domingos Leonelli, defende a
realização da festa nas cidades atingidas pela seca.
"O
São João é um momento de festa que nós enxergamos como economicamente positivo.
Imagine o povo que já está sofrendo com a seca ser privado de toda a
movimentação que a festa gera não apenas para a grande indústria e o grande
comércio, mas para a economia informal", diz.
O
secretário diz que no período das festas juninas, mais de 500 mil pessoas saem
da capital rumo ao interior. "Isso
movimenta uma imensa cadeia, que passa por bebidas, comida, vestuário e até
hospedagem, porque muitas casas são transformadas em pousadas", destaca.
Segundo
ele, a divisão dos recursos foi feita com base na avaliação de uma comissão com
representantes das secretarias de Relações Institucionais (Serin), Cultura
(Secult), Comunicação (Secom), Casa Civil e Turismo (Setur), além de
representantes da Bahiatursa.
Este
ano, o volume para a realização das festas aumentou 36% em relação ao ano
passado, quando o Estado disponibilizou R$ 2,8 milhões para 62 municípios.
Cuidado
com as contas - O presidente do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Paulo
Maracajá, acredita que não há nada de errado nos municípios atingidos pela seca
receberem recursos do Estado para realizar as festas juninas. Mas ressalta:
"É preciso ter cuidado com os gastos dos cofres dos
municípios".
De
acordo com Maracajá, as 22 inspetorias regionais do TCM estarão atentas aos
gastos "que não forem razoáveis" feitos pelas prefeituras.
O
que não é razoável? "Não é razoável que um prefeito veja a população
passando necessidade por conta da seca, às vezes sem recursos para pagar a
folha, e gaste R$ 200 mil ou R$ 300 mil com a contratação de artistas",
diz.
Nestes
casos, o presidente do TCM diz que os prefeitos terão que ressarcir a cidade.
A
reportagem tentou falar com a presidente da União dos Municípios da Bahia
(UPB), Maria Quitéria Mendes, mas ela não retornou o contato até o fechamento
desta edição. De acordo com matéria publicada no site da UPB, a prefeita estava
em Brasília buscando recursos para cidades atingidas pela seca.
Confira
a relação de municípios integrantes do Projeto São João 2013:
Fonte: A Tarde