A sede da Telexfree nos Estados Unidos e outras
duas empresas do grupo fizeram pedidos de recuperação judicial neste fim de
semana. Os responsáveis pelo grupo, investigado sob suspeita de ser uma
pirâmide financeira no Brasil, não esclareceram se os pedidos afetarão o
pagamento aos divulgadores, como são chamados os associados do negócio. Em
vídeo, um diretor afirmou que não vai sumir.
"A Telexfree
espera ter dinheiro suficiente para manter os negócios durante sua
reorganização e dar continuidade aos serviços aos seus consumidores",
informou o grupo, em nota à imprensa.
A Telexfree
americana emergiu como alternativa para os divulgadores residentes no Brasil
após o braço do negócio por aqui sofrer um bloqueio judicial em 2013. Nas
últimas semanas, entretanto, associados têm enfrentado problemas para sacar
os recursos aos quais acreditam ter direito, o que levou a uma invasão da
sede da Telexfree nos EUA no último dia 1º.
As dificuldades
começaram após o governo de Massachusetts, onde fica o quartel-general da
Telexfree, confirmar investigações sobre os negócios.
JUSTIÇA AINDA NÃO AVALIOU OS PEDIDOS
Segundo a Corte
do Distrito de Nevada, no último domingo (13) foram apresentados pedidos de
recuperação da Telexfree, INC. – sede do negócio – da Telexfree, LLC. e da
Telexfree Financial.
Nenhum dos
pedidos foi avaliado pela Justiça até agora – as primeiras audiências
iniciais estão marcadas para o mês que vem. Ainda assim, um dos diretores da
empresa no Brasil saiu a público para afirmar que a “Telexfree Internacional”
já está em recuperação judicial e tentar tranquilizar os divulgadores.
“A Telexfree aqui
não tem pessoas que vão correr, pessoas que vão sumir. Não, ninguém está
fazendo nada errado e a maior prova disso é a empresa ter conseguido a
recuperação judicial nos Estados Unidos”, afirmou Carlos Costa, diretor da
Telexfree no Brasil, em vídeo divulgado nesta segunda-feira (14).
Mais tarde, Costa
volta atrás e afirma que “foi dada entrada na recuperção judicial.” O diretor
culpou o bloqueio de recursos da Telexfree no Brasil, determinado em junho de
2013 pela 2ª Vara Cível no Acre, pelo pedido de recuperação nos EUA.
“Muito do
dinheiro que está hoje bloqueado no Brasil pertence à Telexfree
Internacional, e por aí vai.”
NOVO DIRETOR DIZ QUE EMPRESA EMERGIRÁ MAIS FORTE
Procurado pelo iG, o diretor de Desenvolvimento de
Negócios da Telexfreee, Steve Labriola, evitou responder como os pedidos de
recuperação vão afetar os pagamentos aos divulgadores. O assunto também não
consta do comunicado aos divulgadores enviado por Labriola à reportagem.
Nesse documento,
o novo presidente executivo da empresa, Stuart MacMill, diz que continua a
acreditar no negócio.
"Nós
acreditamos que este plano de restruturação, que vai incluir melhorias
significativas nas nossas práticas de governança e controles interno, vai nos
ajudar a construir fundamentos operacionais e financeiros mais fortes e
sustentáveis para o futuro", diz o texto.
No Brasil, o
pedido de recuperação da Ympactus Comercial – razão social da Telexfree – não
foi aceito.
Fonte: IG
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