ANGUERA 60 ANOS - EM VERSOS
Anguera, sessentona formosa
Com seis décadas de muito vigor
Nos fazes lembrar das tantas histórias
Que por ti só fazem aumentar o amor.
Desde a etnia Payayás
Tu és amigável e singela
Acolheste o Capitão José Marques
Fugindo da cólera e da febre amarela.
Como Povoado Fazenda Almas
Já tinhas vocação de hospedeira
Recebias os cansados tropeiros
Que iam para o Porto de Cachoeira.
Em mil novecentos e quarenta e três
Distrito Almas de Feira tu ainda eras
Mas em homenagem a Manoel Cajazeira
Passaste e te chamar Anguera.
Ser Distrito pertencente a Feira
Orgulhou o teu povo grandemente
Mas em vinte de novembro de sessenta e um
Como município te tornaste independente.
Daí pra frente foi muita história
Dos “filhos queridos que na terra nasceram”
Não esquecendo “dos bons imigrantes
Que muito a desenvolveram.”
Emociona lembrar de fatos e pessoas
Do Bode de Vadinho ao amigo João Cabeção
E a velha guarda do futebol
Jamais esquece do CSA e ESCORPIÃO.
Os finais de semana eram festivos
Do bar de Lê à barraca de Tia Ester
Em dezembro tinham os barbeiros de Bonfim
Ao sabor do quebra-queixo de seu Migué.
As formaturas em magistério
Eram um bálsamo para os corações
Alegravam a todos os presentes
Com o Professor Amadeu cantando ‘Emoções’.
Há também as histórias políticas
Mas não faz bem lembrar de confusão
Pois todos os prefeitos e vereadores
Ao tempo e ao estilo deram a contribuição.
Muito obrigado povo da sede
E anguerenses da zona rural
Vocês são a razão da existência
Da nossa terra natal.
Aos conterrâneos que já morreram
Nossa eterna gratidão
Pois para chegar aos sessenta anos
Anguera foi tocada pelas suas mãos.
Tu não és cidade grande
Mas isso não entristece a tua gente
Pois por onde andar um filho teu
Estará o orgulho de ser anguerense.
Autor: André Pereira de Brito – anguerense da gema.
Bênçãos de Deus sobre a nossa terra.