DIEGO NAVARRO - TRÊS LIÇÕES DA POLÍTICA


Passado todo alvoroço do período eleitoral, eu aprendi três coisas muito importantes, as quais tomei por lição de vida.


A primeira diz respeito a “até onde podemos ir, e o quanto de nós mesmos podemos doar, em prol de uma campanha política, ou de um político" (?);



Diego Navarro
A segunda coisa se refere ao comportamento que dispensamos para com os nossos domésticos (com os quais convivemos). O que fazemos com eles (e deles) durante esse curto período eleitoral;
A terceira, e última análise que fiz foi sobre "o que resta de nós, após um período turbulento, como esse, de campanha política, e de militância ideológica" (?).



Aproveitando a ocasião desse feriado - do dia de finados - posso concluir que "nem todo morto está enterrado".
Porque digo isto? Vamos lá!



No primeiro aprendizado, descobri que existem pessoas que doam seu sangue (figurativamente, a priore) em prol de campanhas políticas, e que, não raramente, podemos até mesmo incorporar o próprio político - em suas virtudes e defeitos -;



Aprendi também que a família não é apenas um conceito sociológico de união consanguíneo ou matrimonial, mas também que família pode ser construída por laços ideológicos, onde pessoas se unem em comunhão de ideias, de tal forma que conseguem trazer à existência um vínculo fraterna (o qual, por muitas vezes, infelizmente, vi superar os laços construídos ao longo de anos de convívio domiciliar no seio de uma família);



E da terceira lição retirei o aprendizado de que, no final o que resta é a solidão em meio a multidão, e que a família não é apenas fraternidade (ou camaradagem); que bom mesmo é ter quem nos aceite pela condição do amor incondicional; que ampara a quem a sociedade desprezou, como despreza o lixo; que bom mesmo são aqueles os quais lhe atribua valor e não o tenha como morto!



Assim, posso dizer, experimentemente que, melhor é viver em desafinidade política (ou até mesmo ideológica) com quem participou da formação do que somos hoje, do que trocar toda a consolidação natural e secular da família (do sangue) por coletividades forjadas e baseadas no interesse coletivo de partido político, agremiação, ou qualquer outro forma de comunhão extra-afetiva (que desgraçadamente eclode nos períodos político-eleitoral).


A quem morreu para as suas famílias - ou para as famílias que foram dizimadas nestas eleições - aconselho eu: não permaneçam num eterno 2 de novembro. Humildade para reconhecer os erros e liberalidade na hora de perdoar.


Como dizia a ex-presidenta Dilma Rousseff: "Quem ganhar ou quem perder... ninguém vai ganhar ou perder... Todo mundo vai perder!"


Diego Navarro

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