A Justiça dos
Estados Unidos acusou criminalmente os responsáveis pela Telexfree, acusado
pelas autoridades norte-americanas de promover um esquema de pirâmide
financeira, por fraude federal, de acordo com comunicado publicado nesta
sexta-feira (9)
James M.
Merrill e Carlos N. Wanzeler, ambos do estado de Massachusetts, foram acusados
criminalmente em uma denúncia na corte estadual. Se considerados culpados, eles
podem pegar até 20 anos de prisão, de acordo com a nota.
Merrill foi
detido pelas autoridades e deu um depoimento inicial na corte de Worcester. Já
Wanzeler tem um mandado de prisão expedido contra ele e é considerado fugitivo.
Os
representantes da Telexfree no Brasil não foram localizados pelo G1 para comentar o assunto.
No mês passado,
relatório da Secretaria de Estado de Massachusetts afirmou que a telesfree é uma pirâmide financeira que arrecadou cerca de U$$ 1,2 bilhão em todo
omundo e a Justiça dos Estados Unidos determinou o congelamento dos bens do grupo. Desde então, a procuradoria dos EUA executou 37 mandados de
apreensão de bens estimados em dezenas de milhões de dólares.
O pedido foi
feito pela Securities and Exchange Commission (SEC), órgão equivalente à Comissão
de Valores Mobiliários (CVM) brasileira, e determinado pelo Tribunal Distrital
de Boston. No documento, as autoridades pedem o fim das atividades da empresa,
a devolução dos lucros e o ressarcimento das perdas causadas aos investidores,
chamados de "divulgadores".
Acusação criminal
A procuradora norte-americana Carmen Ortiz diz que o "escopo desta suposta fraude é de tirar o fôlego". "Como alegado, estes réus planejaram um esquema que colheu centenas de milhões de dólares a partir de pessoas que trabalham duro em todo o mundo", afirmou.
A procuradora norte-americana Carmen Ortiz diz que o "escopo desta suposta fraude é de tirar o fôlego". "Como alegado, estes réus planejaram um esquema que colheu centenas de milhões de dólares a partir de pessoas que trabalham duro em todo o mundo", afirmou.
O agente
especial encarregado de investigações internas diz que uma das prioridades da
investigação é acompanhar o fluxo do dinheiro ilícito da empresa ao redor das
fronteiras americanas e orientou que "se o negócio é muito bom para ser
verdade, provavelmente é".
A denúncia
alega que a Telexfree é um esquema de pirâmide e que, entre janeiro de 2012 e
março de 2014, quis comercializar o seu serviço de VoIP por meio do
recrutamento de "milhares de promotores", que publicavam anúncios do
produto na internet. Cada promotor era obrigado a "comprar" o produto
por um preço determinado pela Telexfree, pelo que eram compensados.
A postagem de
anúncios eram uma "atividade sem sentido", segundo a denúncia, em que
os promotores apenas colavam as propagandas em sites que já estavam cheios de
anúncios de outros participantes. De acordo com o depoimento, a Telexfree
arrecadava menos de 1% da receita das vendas de serviço de VoIP ao longo dos
últimos dois anos. Mais ou menos 99% do faturamento vinha de novas pessoas que
entravam no esquema. "A Telexfree só era capaz de pagar o rendimento
prometido aos promotores existentes trazendo dinheiro de novos
recrutados", diz a nota da Justiça.
Fonte:G1
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